sábado, 15 de novembro de 2008

O poder de um par de óculos

Costumo ser generosa com os rapazes, em nível de exigências. Minhas maiores paixões incluem gordos desalinhados, peludos a là Tony Ramos, calvos e míopes. Às vezes, tudo isso junto numa só pessoa. Penso que os esteticamente belos demais me entediam. Para mim, a beleza está na imperfeição.

Em relação aos rapazes de óculos, a coisa é mais séria. Desde pequena, míopes exercem em mim um fascínio quase inexplicável. Parece haver uma magia naqueles olhos que não enxergam bem. Seria por que os homens de óculos parecem inteligentes? Não sei. Um homem de óculos tem poder.

Tem poder até, penso eu, no que seria uma suposta fragilidade. Até mesmo o pior canalha parece mais frágil atrás de um par de óculos. Lembrem-se de Jude Law em "Closer"(2004). Canalha, mas míope. Este pequeno detalhe talvez o tenha deixado mais humano. Marcello Antony, em todo seu esplendor, usou do mesmo expediente na novela "Belíssima" (2005). André Santanna, seu personagem, tinha suas falhas de caráter, mas estava lá a pequena deficiência visual. Antony já fez garotos de praia, mas foi o rapaz de óculos seu personagem mais fascinante.

Se as meninas do Leblon não olhavam mais para Herbert Vianna no início da carreira, eu olhava. Adorava o Vianna "versão óculos" e eu era só uma criança. Também gostava do Ernesto Varella, personagem do grande Marcelo Tas, com seus óculos de aro vermelho. Já adolescente, eu ia para a balada como se estivesse no jogo "Onde está Wally?". Ah, e é claro, sempre preferi o Clark Kent ao Super Man. Um par de óculos, afinal, era perfeito para transformar uma pessoa em outra.

Talvez frágeis na minha própria ficção, os homens de óculos às vezes batem pesado. Apesar disso, ainda peço aos meninos míopes que revejam o uso das lentes de contato. Um par de óculos podem, sim, fazer a diferença, ainda que seja para mulheres como eu.

12 comentários:

Renatus Pub disse...

Maravilhaaaaaaaaaaaaaa...

Eu já sabia que no mundo o importante não é o certinho, mas sim o que faz tudo errado tentando ser certinho.^^

Mulheres de Oculos são fascinates, parece que toda a vdd se esconde ali e se exibe quando o oculos reflete na luz do sol!!!

bjos e forças sempre gúria

Anônimo disse...

Olá, tudo bem? Você sentiu algo a mais pelo professor Ernesto Varella (Marcelo Tas)? ô loco hehe.. Bjs, Fabio www.fabiotv.zip.net

Letícia disse...

Renato: meninas de óculos também tem seu charme.

Fábio: não confunda o repórter Ernesto Varella com o professor Tibúrcio. Tas interpretou os dois. E, sim, eu fui apaixonada pelo Varella!! rs...

Bjos

Renatinha disse...

Retribuindo a visista e adorando.
beijos Re

Letícia disse...

Re, seja bem vinda e desfrute do espaço! rs...

Bjo!

Ariett disse...

E não é que o Personare errou?

Anônimo disse...

Vim parar aqui por meio do "Passei dos Trinta". Volto. Ah, se volto.
Adorei o estilo como escreve.
O máximo!
Beijos

Anônimo disse...

Bem, eu to usando lente há um ano e meio... abandonei os óculos, hehehe...
Lucas Andrade
www.cascudeando.zip.net

Letícia disse...

Ariett: o personare falha sim, às vezes nos momentos mais cruciais
Paula: obrigada, volte mais!
Lucas: mais um que deixou os óculos! rs.. faz isso não...

Bjos

Claudia disse...

Falar o quê, além de que concordo absolutamente com vc? Sem explicações teóricas. um óculos, delicado, ainda mais num rostinho desses, é fatal. Eu gosto de intelctuais e o ar intelectual que o óculos dá é exatamente o que atrai. Além dessa coisa de não ser perfeito. Legal, achei que só eu era meio doida...

Anônimo disse...

tava procurando alguns fatos sobre um dos atores "sessão de terapia" e a busca me trouxe até sua página. li algumas entradas até que me deparei com essa postagem... confesso que fiquei triplamente contente:

- sua predileção por óculos;
- sua não-predileção pelo belo 8), e;
- o fato de que você curte filmes fora de circuito.

por ora é só. ;)

[]s!

Letícia disse...

Volte, vamos trocar mais idéias! Obrigada pela visita... ;-)