segunda-feira, 26 de julho de 2010

Quem tem medo de Elizabeth Taylor?

Arthur Xexéo, grande jornalista, comentou dia desses em um programa de tevê a respeito de um novo filme biográfico. Tratava-se de um filme sobre Elizabeth Taylor e sua história conturbadíssima com Richard Burton. A princípio, ele disse ter pensado tratar-se destes filmes bem ralé, com atores desconhecidos e roteirinho pobre. Aliás, destes, encontra-se aos montes por aí, é verdade. Ao saber que o longa seria dirigido por Mike Nichols, mudou de idéia e ficou interessado.


Mike Nichols, para quem não sabe, dirigiu Liz Taylor e Richard Burton quando os dois fizeram o premiadíssimo “Quem tem medo de Virginia Wolf?”. O filme foi rodado em 1966 e ele, enquanto diretor, deve ter acompanhado de perto a relação apaixonada e bélica do casal. Este filme aliás, trata da história de um casal em crise. Reza a lenda que, em meio as filmagens, não se sabia quando eram os personagens e quando eram os próprios atores que brigavam.

Pois bem, Mike Nichols na direção, quem colocar no elenco? Diretor estelar, elenco estelar. Mas quem interpretaria Elizabeth Taylor? Entre as mais cotadas estariam Angelina Jolie e Catherine Zeta-Jones. Para o charmoso galês Richard Burton, pensaram no quase sósia (e igualmente charmoso) Clive Owen e no fofíssimo Colin Firth. Perguntei para minha mãe, fã de Liz, o que ela achava das escolhas. Sábia, disse ela: Angelina Jolie é linda, mas é Angelina Jolie. Não é Elizabeth Taylor. De fato.

Arthur Xexéo estava animadíssimo com a possibilidade, e eu também. Eis que vem Elizabeth Taylor, a própria, e joga um balde de água fria em todo mundo. A bocuda Liz, que também tem twitter, tuitou dia desses que antes que ela morresse, ninguém iria interpretá-la, além dela mesma. Que sobre Richard e ela, ninguém iria filmar nada. Tempos incríveis esses nossos que eu recebo notícias da minha atriz vintage favorita por ela mesma. E, realmente, não existe ninguém igual Elizabeth Taylor. Angelina Jolie é Angelina Jolie. E ponto final.