domingo, 23 de agosto de 2009

O que faz um campeão?


Alguém por aí ainda? (cof, cof)

Blog empoeirado, um tanto quanto abandonado... nem sei se alguém lê isso ainda.

Enfim, assuntos não faltam, mas o tempo curto e a preguiça tem tomado conta deste corpo aqui.

Hoje é a grande final de "A Fazenda" que não acompanhei e não tenho opinião muito formada a respeito. Pelas poucas cenas que vi, o pessoal do BBB é a fina flor da educação perto das "celebridades" confinadas em Itu. Mais brigas em uma semana (especialmente quando Theo Becker estava lá) do que o BBB 9 em toda a sua edição.


Algo que me intriga e tenho voltade de estudar (verdade) é o impacto que os reality shows têm na vida de muitas pessoas. Mais ainda: por que as mulheres nunca ganham um reality quando quem escolhe é o público? Eu digo mulheres e não mulheres bonitas. Mulher não ganha a não ser que seja muito pobre e tenha uma história de vida desgraçada. Mara e Cida, de vida quase miserável e selecionadas por sorteio foram as únicas ganhadoras em todos os quase dez anos de Big Brother. Bárbara Paz só ganhou a Casa dos Artistas I porque Supla era reconhecidamente muito rico. O público julgou que ele não precisava do dinheiro e deu a vitória a Barbara. No entanto, ele era, sem dúvida, o participante mais querido da Casa. Seus discos, depois do programa, venderam como água e "Japa Girl" virou hit de verão.

É quase regra que, entre o rapaz controverso (e carismático) e a moça gente boa, o público escolhe o rapaz. É assim desde Dhomini, passando por Jean Willys e chegando a Maxmiliano, o vencedor do BBB9. O acessor parlamentar Dhomini tinha histórico de agressão fora da casa. O professor Jean tinha denúncias de maus-tratos contra alunos e Max foi acusado durante e pós-confinamento de ser manipulador e arrogante. Os três, querendo ou não, tinham carisma. Isso sem contar o playboy Diego Alemão que foi transformado em príncipe consorte pela Globo. Tinha carisma, sim, mas contou com a máquina da edição global mais do que nenhum dos outros. E venceu com inacreditáveis 91%.

Agora a história parece se repetir no reality da Record. Se não houver nenhuma surpresa, o bad boy com cara de bom moço Dado Dolabella vencerá a zen Danni Carlos. Menino bonito, articulado, carismático, mas com histórico obscuro fora da casa, Dado deve repetir a história de outros vencedores, derrotando a moça gente boa. Se houver provas de resistência física e mental o tempo todo como em "No Limite", as mulheres têm chances. Em se tratando de capacidade de trabalho, liderança e organização como em "O aprendiz", elas também têm. Mas para cair nas graças do público e despertar paixões (ódio e amor intensos) tem que ser um homem?? Taí a questão.