A bela e pequena Paraty tem seu momento de "glamour" em Julho quando o Brasil todo ouve falar dela através da FLIP. Glamour, em termos. Eu diria, talvez, que visibilidade seria a melhor palavra. A parte os nomes de autores internacionais importantes e toda a mídia presente, tudo o que eu mais senti foi "o elogio do simples", uma festa democrática. Talvez houvesse mais mulheres do que homens (seria a afinidade maior das mulheres pelas ciências humanas?), mas a faixa etária era absolutamente variada. Crianças, jovens universitários com suas mochilas, trintões, quarentões, cinquentões, havia de tudo. Vi muitas pessoas mais idosas e, a despeito das imensas pedras que cobrem as ruas de Paraty, muitas bengalas! E chapéus, muitos chapéus. Eu, que adoro chapéus, mas não os uso, fiquei com vontade de usar um. Muitos velhos de chapéus, muitos jovens de chapéus. Moda totalmente eclética e desencanada, deu-me a impressão de que eu poderia usar qualquer coisa. Havia as patricinhas, mas havia muitos bichos-grilos. Muitos casais e muitos solitários. Heteros e gays.
Nos cafés, a gente sentava muito perto um do outro e as cadeiras eram disputadíssimas porque a cidade estava lotada. Era comum puxar conversa com quem estava do lado, as pessoas eram receptivas a um bom papo, a dividir a mesa. Havia tempo para conversar. E sobre livros! Sobre o que você anda lendo, vendo, escrevendo! Quer coisa melhor que isso?
Manuel Bandeira era o autor homenageado da vez, e foi de um poema dele que me lembrei por ocasião destes dias mágicos de FLIP. Paraty é minha Pasárgada!
Um comentário:
Todo ano é a mesma coisa: eu falo que vou à FLIP e acabo não indo. Soube q a deste ano foi fantástica. E eu aqui, em casa. Mas ano que vem eu vou! Tá falado! :o)
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