sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Comédia (nada) romântica


Comédia romântica já não faz minha cabeça mais desde, sei lá, 1998. Acho que foi o ano de "Mensagem pra você", antes das milhões de plásticas da Meg Ryan. Depois, perdi a paciência.É tudo sempre igual. Eu até tolero os clichês, mas depois de certa idade algumas coisas começam a ficar intoleráveis. Cara conhece garota. Eles brigam o filme inteiro para depois descobrirem que se amam. Às vezes, eles se gostam, mas há um mal entendido durante o filme que os separam. O final sempre se dá com correria. Ou um deles está para casar, ou vai viajar e o outro chega correndo para impedir. E ficam juntos.

Daí que eu resolvi assistir um desses novamente. Tarde chuvosa, 2012 (éca) em todos os cinemas, restou esse: 500 dias com ela. Já tinha ouvido falar (bem), mas amei. Cara conhece garota. Eles brigam e vivem bons momentos durante o filme e se separam. No entanto, o final é bem mais realista. BEM mais realista. Sem correrias e encontros em aeroportos ou no trânsito.

O enredo é contado de forma bem interessante, com idas e vindas no tempo, com recursos bastante inusitados para retratar o humor oscilante do personagem central. Além disso, dos figurinos aos cortes de cabelo, o filme tem todo um ar "retrozinho" que eu adoro. E tem os maravilhos Smiths com duas músicas na excelente trilha sonora. "Please, please, please, let me get what I want" é simplesmente a melhor música do meu mundo.
Agora, vamos combinar: mocinhas com caras de boazinhas são as piores né não? Aquele velho papinho depois de usar de todas as formas possíveis de sedução: "mas eu nunca te prometi nada, prometi?" Sobre este perfil feminino (as "boazinhas" sedutoras), ainda vou comentar o ótimo "Amantes", um dos últimos filmes do Joaquim Phoenix. Mas isso já é papo pra outro post.

2 comentários:

Claudia disse...

Assisti a este filme este mês. Uma pessoa que eu respeito muito em termos de cinema me perguntou: "Vc não assistiu 500 dias com ela???? Assista já!". Eu aluguei. E amei. Mil coisas a comentar. A sutileza do nome da mocinha, a maravilha de atuação do moleque (que para mim ainda é o adolescente de 3rd rock from de Sun) e a trilha sonora impecável. Mas... dizer que o final é realista é cair no mesmo buraco de sempre que surgiu entre nós. Caraca, tinha que ser "realista" para ser verdadeiro?

Letícia disse...

Talvez não tenha que ser triste para ser verdadeiro, né, Claudinha? Este pareceu-me realista. E triste. Bjos, querida.