segunda-feira, 14 de junho de 2010

Reserva pra mim um hotel limpinho...

Tenho um grande amigo que, como eu, deleita-se com novelas antigas, especialmente as clássicas. Já fui Maria de Fátima e ele, Raquel Accioly na reprodução involuntária de uma cena de "Vale Tudo" durante um almoço. A gente se acabou de rir, mas o povo ao redor pensou, realmente, que estávamos brigando. Ainda mais que, aproveitando estarmos inspirados por Regina Duarte, lembramos de uma outra briga dela, como Malu, em Malu Mulher. Regina, nos dizeres de José Simão, já foi "a gralha das oito", seja como Raquel, as Helenas, Malu ou Porcina. Ninguém berrava como Regina. É o nosso momento terapêutico.
E voltando a "Vale Tudo", novas cenas foram acrescentadas no youtube por gente que gosta muito de novela. A grande Beatriz Segall, a respeito de sua personagem icônica Odete Roitman, disse, em entrevista que o grande sucesso de uma vilã deve-se à naturalidade com que se constrói o personagem. Ela, a personagem, não acha que é má. Ela realmente acredita que seu jeito de ver as coisas são óbvias e correspondem à verdade. Odete Roitman falava os maiores absurdos e acreditava naquilo, o que torna tudo muito engraçado. Você chega a concordar com ela.
Quer relembrar as pérolas de Odete? Vejam só como ela era profética:

as melhores cenas de Odete Roitmann

E reparem na simplicidade dos cenários e das roupas. A Globo e o mundo todo era mais pobrinho. Inclusive as vilãs de Gilberto Braga.